O maior título que já apareceu neste blog: dá até preguiça de falar para os amigos o nome do livro que a gente tá lendo.
Mas, provavelmente, um dos maiores em termos de qualidade literária.
Adaptado para o cinema no final de 2011 – conquistando assim, devido à divulgação, destaque nas vitrines das livrarias e muitos novos leitores, como eu – a obra foi escrita pelo jornalista paulista Maçal Aquino em 2005.
Trata-se de um relato em primeira pessoa de Cauby (sim, igual ao cantor), um fotógrafo free-lancer que deixa São Paulo em busca de trabalho no interior do Pará, numa região cuja lei é escrita pelas holdings da mineração e seus matadores de aluguel.
É lá que ele conhece a misteriosa Lavínia.
Sensual, explosiva, depressiva, magnética. Se não fosse pela delicada construção literária de Maçal Aquino, Lavínia poderia tranquilamente ser estudada por psiquiatras que cuidam de doenças ligadas a transtornos de personalidade. Mas ela não é caso médico. É um pedaço de poesia. Uma personagem riquíssima e irresistível – tanto para o fotógrafo Cauby, como para seu marido pastor evangélico e, principalmente, para o leitor.
Preciso acrescentar que, apesar de ter lido muitas críticas, não assisti ao filme, portanto não posso dizer se é digno da obra ou não. Mas mesmo se não tivesse visto os cartazes nos jornais e cinemas, acho que teria imaginado a Lavínia exatamente como a atriz Camila Pitanga, que a interpreta na telona.
Eu aposto que, a partir de agora, a Lavínia do livro vai ficar associada para sempre à imagem da Camila Pitanga, assim como a Gabriela ficou ligada à Sônia Braga e a Scarlett O’Hara à Vivian Leigh. Sorte da Camila.