Continuando com a história de ontem, da quarta viagem de Sinbad…
“Caminhei por aquele subterrâneo e constatei que era mesmo bem amplo, cheio de cadáveres e ossadas.
Repentinamente, eis que a boca do poço se abriu e desceram um homem morto e a sua mulher ainda viva, com pão e água. Quando ela chegou ao fundo, peguei a perna de um cadáver e golpeei-a na cabeça, matando-a. Peguei se pão e sua água para me alimentar.
A cada vez que descia alguém vivo, eu o matava para tomar o pão e a água, assim sobrevivendo durante algum tempo.
Estava nesta situação quando ouvi sons. Ao me aproximar, o som fugiu de mim; segui-o, e ele se afastou. Examinando, vi uma luz proveniente de um buraco que dava para a orla marítima!
O que eu vira brilhando eram os olhos de algum animal marítimo que entrara pelo buraco, a fim de se alimentar da carne dos cadáveres do poço. Minha mente se tranqüilizou e meu coração se confortou.
Aproximei-me do buraco, ampliei-o e deixei-o do tamanho suficiente para um homem sair. Retornei ao poço e ajuntei jóias, adornos de ouro e pérolas que enterravam junto com as mulheres mortas. Enrolei tudo num pano, amarrei com força e saí do subterrâneo, sentando-me na encosta da montanha.”